11 novembro 2010

Aos cristãos perseguidos

Acabei de assistir a um clipe interessante. Um vídeo de um grupo genérico de música gospel. Nele, ocorre o seguinte: são mostradas várias cenas de pessoas pelo mundo; asiáticos, africanos, etc. Não-cristãos e não-europeus, para ficar claríssimo. Essas pessoas são mostradas trajando roupas ou participando de momentos que denunciam o seu "não-cristianismo". Depois de rodar pelos grupos diversos de pessoas, o vídeo vai retornando a cada um deles, mostrando-os em um momento de sofrimento, enquanto a música diz "você tem um amigo ao seu lado, Ele vive, ele está contigo", e assim por diante (nada clichê, lógico). Depois de mais uma rotação pelos grupos, é a vez de voltar a cada um deles e mostrar o momento de encontro com um "missionário" que os apresenta à fé de Cristo. Não é preciso frequentar um ministério da fé qualquer para imaginar que a próxima cena mostrará as pessoas em um momento de triunfo, naquelas situações de mãos estendidas, e cara de jogador quando faz o gol. Ou então de mãos dadas, balbuciando palavras com lágrimas nos olhos.

Eu penso em porque uma canção-vídeo dessas se preocupa em mostrar a conversão de um aborígene australiano, de um budista vietnamita, ou de um praticante das artes africanas, ao invés da conversão a Jesus de um europeu ateu, ou praticante dos variados neo-paganismos indo-europeus. Tem a ver com cristianizar ou europeizar?

P.S.: O título faz referência à frase que aparece no fim do vídeo: "Servindo cristãos perseguidos". O negrito é deles, não meu. Sim, se você não for cristão, dane-se se for perseguido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário