17 maio 2011

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Well I hope that someday, buddy
We'll have peace in our lives
Together or apart
Alone or with our wives
And we can stop our whoring
And pull the smiles inside
And light it up forever
And never go to sleep
My best unbeaten brother
This isn't all I see

08 maio 2011

A violência nossa de cada dia

Como aconteceu o processo de banalização da violência em nossa sociedade? Culpa da mentalidade de consumo capitalista que transforma tudo em espetáculo? Ou, como diriam, a decadência da moral cristã na civilização ocidental, que faz com que o homem moderno perca as balizas metafísicas de seu próprio comportamento? Não tenho a menor condição de responder, só posso observar o fato, que é incontestável. A mesma observação que Amenábar faz em seu Tesis.

O cinema Snuff, com toda sua aura de mistério e inexatidão, rende muito como pano de fundo para realizações cinematográficas que buscam pensar a mentalidade de criação e consumo deste doentio material (cuja existência é ainda questionável). Consigo lembrar no momento do conhecido 8mm, do criativo, mas mal realizado, Lentes do Mal (Dread), além de um filme da série softcore Emmanuelle, o Emmanuelle na América, se não me engano.

Acredito que dentre estes, o filme de Amenábar seja um dos mais felizes na tentativa de demonstrar como a violência pode se tornar algo completamente normal para os olhos dos espectadores, quando bombardeados dia após dia com imagens violentas nos jornais impressos ou televisionados. Além disso, o diretor espanhol é muito bem sucedido em mostrar a separação que há entre os fãs da violência imaginária, fantasiosa e àqueles predispostos a praticá-la. Um dos pontos mais positivos, em um tempo em que nos fazem engolir toda cena brutal noticiada e depois acusam filmes e videogames de serem motivadores de assassinatos reais.