22 junho 2010

À espera da operação Black Jack



Sim. Como eu imaginava, nada nem perto dos fatos da sinistra operação Black Jack ocorreu hoje. Enquanto trabalhava, lembrei da tarde do fatídico 11 de setembro. Eu, então com 16 anos, angustiado em frente à televisão, a pensar que algo muito grande iria ocorrer por conta daquilo. Aconteceu, mas não como se passava na minha cabeça juvenil. Imaginei que, depois daquilo, todos tivéssemos de ir para a guerra, sem saber o porquê, sem saber nada.

Pois bem, hoje não houve Black Jack, mas li que os Estados Unidos, ao lado de Israel (ou seria o contrário?), enviaram 12 navios de guerra em direção ao Irã. Fato não noticiado pela mídia ocidental, mas enfatizado pela israelense. Preparação para a temida retaliação ao Irã? Provavelmente. E o mesmo sentimento que tive, infantilizado, aos 16 anos, volta à minha cabeça. Não por mim, mas por aqueles que terão de arcar com a (pre)potência mundial.

Pelo menos uma coisa foi positiva neste dia; pelo que parece, os dias de ação global não findaram ou, pelo menos, não completamente. Os manifestos contra a cúpula do G8 e do G20, em Toronto, começaram na mesma sexta-feira do envio dos barcos.



Sempre que penso em AGP, e nos Dias de Ação Global, lembro na frase pichada tantas vezes durante os protestos famosos: "Nós estamos vencendo". Pode nunca ter sido, mas naquele ponto parecia verdade. E hoje? Continuamos vencendo?


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