11 junho 2010

Televisão é o combustível

Quinta-feira sentei em um restaurante do Bandeirante para almoçar e a televisão estava ligada. Passava algo sobre "personalidades de Brasília". Era um desses programas onde os "repórteres" vão às festinhas mais badaladas perguntar o que o figurinha está achando da night, falam sobre composição de figurino, entrevistam uns políticos palermas e suas respectivas esposas imbecis (ou vice-versa). Infelizmente não consigo lembrar o nome do programa (é algo parecido com o do Amaury Júnior), pois acredito que todo cidadão de Brasília deveria assisti-lo, para começar a odiar cada filho da puta que não precisa levantar cedo para ganhar um salário, e justamente por isso te fazem trabalhar mais e mais horas por dia, para bancar suas festinhas numa mansão que vale mais que um hospital ou uma escola. E se você não odeia, é porque faz parte das fileiras que deveriam ir à execução.

Esse episódio me fez lembrar do lindo conto do Rubem Fonseca, em que o "Cobrador" diz que toda vez que sente seu ódio diminuindo basta sentar alguns minutos em frente à televisão para se encher de raiva. Afinal, eles nos devem muita coisa.

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